terça-feira, 24 de abril de 2007

Entrevista: MEGALOPSY

Conversamos com Nicolas 'Filter', do Megalopsy, que falou um pouco sobre seu projeto, a cena psytrance argentina e sua experiência no Brasil.


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1) Quem é e o que é o Megalopsy?

Nicolas - O projeto é formando por mim (Nicolas Di Bernardo) e pelo z1p (Matias Benamo), ambos somos de Buenos Aires. É difícil definir o que é o Megalopsy, pois ele muda todos os dias. Mas talvez eu possa dizer que nossa proposta é fazer música para explorar e aumentar a nossa percepção.


2) Como foi que o projeto começou?

Nicolas - Bem,nós só queríamos começar a fazer música eletrônica, então começamos, sem idéia fixa, apenas experimentando algumas coisas. Mas aí o lado psicodélico se tornou mais forte e foi quando nós definimos o nosso estilo. O nome veio logo depois e serviu perfeitamente.


3) Fiquei sabendo que vocês estavam envolvidos na organização de um festival aí na Argentina.

Nicolas - Ah, sim. Foi na semana santa, a duas semanas atrás. Aconteceu num lugar maravilhoso, na região de Mesiones, no meio da floresta. O Mayma foi nosso primeiro festival em um lugar tão distante. Nós ainda temos muito a aprender, mas a experiência foi maravilhosa. O maior problema foi a chuva que não deu trégua.


4) Como é a cena Psytrance argentina?

Nicolas - Eu acredito que seja um microcosmo do que está acontecendo no mundo. De um lado nós temos festas comerciais e pessoas que pensam que a cena não serve pra nada. No outro lado nós temos festas pequenas, artistas novos e muitas pessoas que acreditam na cena. No geral, eu posso dizer que nós estamos muito felizes com a nossa cena. Muitos artistas novos estão aparecendo e as festas estão ficando cada vez melhores.


5) Você e o Matias tem um selo chamado Dark Prisma, fale um pouco sobre ele.

Nicolas - A Dark Prisma records é exatamente do que esse crescimento se trata. Nós começamos esse selo porque nós queríamos representar uma nova pespectiva no trance psicodélico. Nós queremos destruir todas as divisões e simplesmente usar esta música para a nossa missão, que é fazer um grande buraco no tecido da realidade para deixar o outro lado entrar.

6) Você conhece ou gosta de algum projeto brasileiro de psytrance?

Nicolas - Pra falar a verdade, eu ainda não escutei muitos. O melhor que já escutei foi o Spectral Skunk.


7) É a primeira vez de vocês aqui no Brasil?

Nicolas - Na verdade é a terceira. Nos já tocamos antes no festival Garapia, em Porto Alegre, e numa festa chamada Disturb, em Curitiba.


8) Vocês já tocaram em quantos países?

Nicolas - Eu não sei ao certo em quantos países já tocamos (risos). Mas nossas ultimas viagens foram pro Uruguai, Brasil. Venezuela, Áustria, Alemanha, República Tcheca, Itália, Portugal e Bélgica.


9) Fora da música eletrônica que tipos de música você costuma ouvir?

Nicolas - Sempre gostei muito de nu metal e hip hop. Mas também escuto desde industrial até o grunge. Ultimamente tenho ouvido reggae e dub.


10) Dentro do psytrance, o que tem influenciado o som do Megalopsy?

Nicolas - Eu tenho ouvido muita coisa nova que tem saído pelos selos do mundo todo, especialmente coisas do Estados Unidos como Quasar, Gregh on earth e Fractal Cowboys. E muita coisa suéca como Derango e Hallucinogenic Horses.


11) O que o público pode esperar do live act do Megalopsy?

Nicolas - O live act que vamos tocar aí acabou de sair do forno, a maioria das músicas nós ainda nem lançamos ainda. Então eu diria que o público pode esperar uma surpresa cheia de aliens e criaturas psicodélicas berrando nas caixas de som.

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Entrevista feita por Eric Müller em Belém-PA no dia 19/04/07.

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Sites Relacionados:

www.megalopsy.com.ar

www.myspace.com/megalopsy

www.darkprisma.com.ar

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Um comentário:

Caiopro disse...

Como falaram aqui em Belém, a 2 semanas atrás pouco depois da apresentação desses dois aliens: ISSO É SOM DE MACHO. heheh, piegas pra carai, mas é verdade. Puta som pesado e psicodélico, extremista! Além do que são muito boa gente!