Hoje batemos um papo com o DJ Nuccho, responsável pelos projetos Necropsycho e Megiddo. Nuccho nos conta um pouco sobre seu trabalho, sobre as conquistas e planos, e a atual turnê na Europa.
1) E aí, Nuccho, tudo tranquilo? Apresente-se aos leitores do Hazy Stories.
R: Olá galera do Hazy Stories...
Sim tudo tranquilo. Fiquei muito feliz com o convite para entrevista. Sempre acompanhei este blog, matérias e entrevistas com os artistas e DJs.
Me chamo Carmine, mas todos me chamam de Nuccho. Tenho 23 anos, sou de Guarulhos, SP / Brasil. Atuo como DJ desde 2000 e comecei produzir minhas próprias musicas em 2004 com projeto Necropsycho e depois em 2008 iniciei o Megiddo.
2) Como surgiu o interesse pela música eletrônica? Você trabalha com DJing a muito tempo, certo?
R: Desde criança eu sempre escutei musica eletrônica, comecei a atuar como DJ em 2000, fiz um curso
Nesta época eu era menor de idade e era complicado para entrar nas danceterias e raves, aí eu resolvi fazer um RG falso. Eu ia de ônibus para as raves, em Aruja e Atibaia. Voltava domingo a tarde para ir tocar na danceteria, cheio de lama. (rs). Era um perrengue, mas foi uma época boa.
Em 2002 comecei organizar festas com amigos
Depois de um tempo, consegui grana para comprar as CDJs e fiquei na duvida entre comprar CDJs ou um PC. Eu optei por comprar o PC, para iniciar na produção. As músicas eram muito toscas no começo (rs). Depois conheci o Hermann, e criamos o Necropsycho em 2004. Foi aí que eucomecei a me dedicar mais à produção musical.
Em 2008 fiz sets voltado pro rock’n’roll clássico nas festas Aquaria e EarthDance, e também sets de Techno e Minimal em uma festa que se chama Plastika em Guarulhos.
Por mais que eu tenha entrado no mundo da produção, não deixo de lado fazer DJ Sets, de diversos estilos. Set Free style.
3) E como rolou o interesse pelo Dark Trance e pela produção deste tipo de música?
R: O interesse começou quando eu e o Hermann criamos o Necropsycho. Por ser um nome voltado pro dark, então queríamos algo dark, apesar de que nesta época eu não conhecia muito projetos desse gênero, eu conhecia mais a linha do goa trance. E a partir daí eu comecei a conhecer melhor outros artistas dentro do dark trance. Nesta época não se falava tanto
4) Quais as suas maiores influências? E de onde vêm a temática das suas músicas?
R: No inicio posso dizer que foi o Goa Trance a grande influencia para mim, mas como a vida sempre é uma escola, experimento algo novo, há outras influencias de tudo que ouço, como EBM, industrial, Techno, drum’n’bass, Death e Black Metal. Posso dizer que hoje, muitos artistas dentro do dark trance, até mesmo quando estou ouvindo DJ-Set em alguma festa, serve de influência para mim, ou então quando estou com algum produtor criando músicas novas. Mas tem dia que não sai nada e tem dia que flui demais a produção. Depende do momento e humor que estou no dia.
Eu acho legal não se limitar, tem que provar para saber se está bom ou não, se a criação faz efeito em uma dance floor. Sempre, é claro usando o bom senso. Não vou jogar um monte de samples e fazer uma base a mil bpm e pronto, dizer que é dark, depois jogar na pista.(rs).
O legal de tudo, é chegar no momento em que se começa a dominar Synths, vsts, o programa, os comandos que ele te oferece. Todo ano surge algo novo e atentador! (rs). Não gosto de repetir samples ou synths que estão no começo da música e depois colocar no meio ou no final. Assim vou modelando o que eu quero criar. Fazendo a história daquela música, tendo início, meio e fim.
5) Recentemente foi lançado o álbum ‘Extreme Deformities’, uma parceria entre você, Demonizz, e Bash. Como foi a recepção deste lançamento? O que você achou do resultado final?
R: Este Split teve uma recepção muito boa. Quando foi lançado eu estava na minha primeira tour na Europa, e quando eu chegava nas festas para tocar, as pessoas me pediam o álbum. Teve um dia que consegui pegar copias para levar em uma festa em Hamburg (Alemanha), neste dia, não sobrou nada.(rs)
Já ouvi muitos DJs tocando as tracks do álbum. É uma sensação muito boa, ouvir a critica das pessoas.
Fiquei muito feliz de ver este resultado e de ter criado este álbum com os projetos Demonizz e o Bash. Grandes brothers!!!

6) No ano passado você nos apresentou uma nova faceta do seu som, o Megiddo. Fale-nos um pouco sobre este projeto.
R: O Megiddo foi criado por sua culpa (Bruno Azalim, haha). Ano passado o Bruno (Onionbrain) me chamou para fazer uma track vs de dark progressive. No momento que estávamos criando a track, pensei em criar este projeto e colocar nome de Megiddo, percebi que podia fazer algo diferente com o lowbeat e eu tinha que criar um novo nome para isso. A Primeira track, saiu no EP do Bruno, o EP se chama Multiverse Theories e foi lançado pela label Mind Tweakers rec. Um pouco depois, em Janeiro de 2009, lancei o EP Magic Chaos, também pela Mind Tweakers.
Gostei de criar algo pro lado do lowbeat, posso criar muitas coisas com influência do oldschool, goa trance, e underground da época. Ate mesmo break beat, e minimal se encaixa perfeito.
7) Conte-nos uma experiência inesquecível na sua carreira na música eletrônica.
R: Putz, não vou contar uma não, vou contar umas 3 (rs).
Uma delas foi ano passado, ter tocado no Festival Fora do Tempo. A energia do lugar, os amigos, a trip, tudo junto... Foi mágico este momento para mim. Outro momento foram os sets de rock psicodélico na Festa do Nuno e na Earthdance, com a galera cantando e dançando. Nunca me esqueço deste momento.
Ano passado também, quando eu toquei com o Megiddo na Costa Rica, foi alucinante! A galera parecia flutuar, quando eu estava tocando progressive.
Outro momento muito louco, quando eu e o Thiago (Demonizz) resolvemos fazer a festa do Álbum Extreme Deformities. (rs) Que corre foi para fazer esta festa acontecer! Faltavam poucos dias para chegar o dia da festa, nos já estávamos desistindo de fazer, mas no final deu tudo certo, não só nosso corre e sim toda a galera estava nos ajudando!!! Valeuu mesmo, a festa aconteceu e foi muito boaaa!!
E este ano quando toquei na festa do fórum Psychedelic Experience na Suíça. O conceito da festa e organização, eu fiquei impressionado.
Muitos momentos inesquecíveis, foram vários. Dá vontade de contar todos(rs).
8) Atualmente você se encontra na sua segunda turnê na Europa. Como vão as coisas por aí?
R: Fiquei muito surpreso com isso, porque voltei da Europa em dezembro do ano passado e em janeiro deste ano, eu já tinha bookings para tocar na Europa de novo.
No momento já toquei em 4 festas: Bélgica, Itália, Suécia e Suíça. Tive uns contratempos com umas org daqui, mas normal. Works, works sempre assim...(rs)
A próxima festa é dia 30 abril em Hamburg(Alemanha).
9) E quando você volta para o Brasil?
R: Volto final de Junho.
Pôô!! Saudades do arroz com feijão(rs)...
10) E sobre os lançamentos dos seus projetos. Há novas tracks vindo por aí? Quais os planos para os próximos meses?
R: Sim, tem uns releases para sair. Com o Necropsycho, logo mais sai um remix de um projeto de EBM brasileiro que se chama Sonido Sintético, pela label Metropolis Records, também vai sair um remix da minha track Whether Mother Acid na compilação Book Of Spirits Vol. 1 pela ICC Records uma track na compilação que se chama Bounty Hunters, compilada pela DJ Alemã Corious. Uma outra track sairá pela 9th Circles rec. Tem um vs com o Silent Enemy para seu álbum debut e um vs no álbum debut do Khaos Sektor de Portugal, e também tem uns trampos com o Rawar que também é de Portugal. Criamos o projeto NecroWar, que está para sair algo logo, logo. Com o Megiddo a próxima track a sair é na compilação Innerself compilada pelo Bruno(Onionbrain) pela Mind Tweakers rec.
Os planos no momento, digamos que está sendo traçado(rs). Em maio e junho estarei por aqui na Europa ainda. Depois volto para o Brasil para ver minha família, minha filha linda, meus amigos... matar saudades, comer o arroz com feijão(rs). Ahh, em Julho tem Festival Fora do Tempo, estamos lá!!! Mamma miaaaaaaaa!!!
11) Muito obrigado pela entrevista Nuccho! Deixe sua mensagem para os leitores.
R: Obrigado a você, por esta oportunidade. Fico muito feliz de estar participando do blog. Que o blog Hazy Stories continue por muito tempo na ativa, mantendo informados os freaks. Vou aproveitar o espaço para agradecer os meus amigos e à todos que dão a força e apóiam o meu trabalho. Saudades, Galeraaaa!!
Booommm freaks! Evolução sempre!!
Um comentário:
Nuccho sem dúvidas é o melhor! òtima entrevista! parabéns!
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